Exercícios físicos podem melhorar a visão
De olho nos exercícios
É universalmente aceito que os benefícios das atividades físicas vão muito além de ficar em forma, incluindo desde reduzir o risco de doenças até melhorar o sono, o humor, a memória e as habilidades cognitivas.
O que não se sabia ainda é que exercitar-se pode melhorar sua visão.
Intrigados por resultados recentes de experimentos em animais, que mostraram que as taxas de disparo dos neurônios nas regiões do cérebro associadas ao processamento visual aumentam durante a atividade física, Barry Giesbrecht e Tom Bullock, da Universidade da Califórnia (EUA), decidiram checar se o mesmo poderia ser verdade para o cérebro humano.
Para descobrir isso, eles projetaram um experimento usando indicadores comportamentais e técnicas de neuroimagem para identificar qualquer associação que pudesse existir entre breves períodos de exercício físico e a atividade neural.
Exercícios melhoram visão
O experimento confirmou que exercícios de baixa intensidade melhoram a ativação neural no córtex visual, a parte do córtex cerebral que desempenha um papel importante no processamento de informações visuais.
“Nós mostramos que a ativação aumentada – o que chamamos de estimulação – muda a forma como a informação é representada, e [essa estimulação] é muito mais seletiva,” disse Giesbrecht. “Isso é importante de se entender porque o modo como essa informação é usada a seguir pode potencialmente ser diferente.”
O experimento não foi capaz de revelar ainda o mecanismo pelo qual isso ocorre. “Há algumas pistas de que [o efeito] pode ser induzido por neurotransmissores específicos que aumentam a excitabilidade cortical global e que podem explicar a mudança no ganho e no aumento no pico desses padrões de sintonia,” disse o pesquisador.
Mais fácil
De uma perspectiva mais ampla, este trabalho ressalta a importância dos exercícios físicos para o funcionamento global do corpo humano.
“De fato, os benefícios de breves períodos de exercício podem fornecer uma maneira melhor e mais gerenciável de influenciar o processamento da informação – em comparação, digamos, com jogos de treinamento cerebral ou meditação – e de uma forma que não está ligada a uma tarefa específica”, concluiu Giesbrecht.
Fonte: Diário da Saúde